Com a idade avançada, a pessoa se torna vulnerável, principalmente, quando depende de outros para se cuidar. A violência contra o idoso é um problema que se agrava e aumenta a cada dia, tornando-se um assunto delicado, pois muitas vezes a vítima depende dos familiares em inúmeros aspectos, como financeiramente, cuidados com a saúde e relações sociais.

A Delegacia Especializada de Atendimento ao Idoso e à Pessoa com Deficiência aponta que nas denúncias registradas, geralmente o agressor é filho ou cônjuge do denunciante e faz uso de drogas ou álcool, ou possui algum tipo de transtorno mental.  É importante ficar atento aos sinais e sintomas, sempre levando em conta as dificuldades pelas quais passam tanto o idoso quanto o seu cuidador, principalmente no contexto de famílias em situação de risco para violência. Caso seja identificado algum tipo de abuso ou mau trato, a abordagem especializada deve facilitar o diálogo.

 

 

Diferentes formas de violência praticada contra a pessoa idosa:

Maus tratos físicos - uso da força física para compelir pessoas idosas a fazerem o que não desejam, causar-lhes dor, incapacidade ou morte.

Violência psicológica - agressões verbais ou gestuais com o objetivo de aterrorizar, humilhar pessoas idosas, restringir sua liberdade ou isolá-las do convívio social.

Violência ou abuso sexual - práticas sexuais abusivas por meio de aliciamento, violência física ou ameaças.

Abandono - ausência ou omissão de socorro, por parte dos responsáveis, a pessoa idosa que necessite de proteção.

Negligência - recusa ou omissão de cuidados devidos e necessários à pessoa idosa por parte dos seus responsáveis.

Abuso financeiro e econômico - exploração imprópria ou ilegal da pessoa idosa, ou uso não consentido por ela de seus recursos financeiros e patrimoniais.

Autonegligência - conduta da pessoa idosa que ameaça a própria saúde ou segurança, pela recusa de prover cuidados necessários a si mesma.

Em Belo Horizonte, a Delegacia Especializada de Atendimento ao Idoso e à Pessoa com Deficiência (Deadi) fica na Avenida Augusto de Lima, 1942, no Barro Preto. A Central de Recebimento, Monitoramento e Avaliação em Direitos Humanos fica na Avenida Amazonas, 558, quinto andar, no Centro. As denúncias também podem ser feitas pelo Disque 100 ou pelo e-mail denuncias@direitoshumanos.gov.mg.br.