O verão, período com maior concentração de chuvas e sol, é a estação do ano em que os mosquitos encontram as condições ideais para se multiplicarem mais rápido, aumentando o risco de proliferação. Durante esse período, o ciclo de reprodução do mosquito é de apenas seis dias. Enquanto no inverno, chega a durar 12 dias.

Por isso é hora de redobrar os cuidados, já que, a melhor forma para evitar as doenças é combater o mosquito, através da eliminação dos criadouros nas casas, trabalho e áreas públicas. Basta estar alerta para não deixar acumular água parada, limpa ou suja, em nenhum local.

No início, as três doenças têm sintomas parecidos. De forma geral, causam febre, dores de cabeça, dores nas articulações, enjoo e exantema (manchas vermelhas pelo corpo). No entanto, existem alguns sintomas marcantes que as diferem. Confira:

  • DENGUE: existem quatro tipos de vírus (sorotipos) diferentes, que não conferem imunidade. Assim, a pessoa pode apresentar até quatro episódios da doença. O principal sintoma da dengue é a febre alta acompanhada de fortes dores de cabeça (cefaleia). Dores nos olhos, fadiga e intensa dor muscular e óssea também fazem parte do quadro clássico da dengue. Outro sintoma comum é o rash, manchas avermelhadas predominantes no tórax e membros superiores, que desaparecem momentaneamente sob a pressão das mãos. O rash normalmente surge a partir do terceiro dia de febre. Já na ocorrência de dengue hemorrágica a situação torna-se mais complicada. A doença, cuja ocorrência é mais comum em pacientes que apresentam um segundo episódio de dengue, de um sorotipo diferente do primeiro caso, gera uma tendência a sangramentos que não cessam espontaneamente, dor abdominal intensa e contínua, pele fria, úmida e pegajosa; hipotensão (choque); letargia e dificuldade respiratória (derrame pleural ou líquido nos pulmões) e desidratação.
  • CHIKUNGUNYA: as fortes dores nas articulações, também chamadas de artralgia, são a principal manifestação clínica de chikungunya. Essas dores podem se manifestar em todas as articulações, principalmente nos pés e mãos, como dedos, tornozelos e pulsos. Em alguns casos, a dor nas articulações é tão forte que chega a impedir os movimentos e pode perdurar por meses depois que a febre vai embora.
  • ZIKA: os sintomas costumam se manifestar de maneira branda e o indivíduo pode, inclusive, estar infectado e não apresentar qualquer sintoma (apenas uma em cada quatro pessoas infectadas apresenta manifestação clínica da doença). Mas um sinal clínico que pode aparecer logo nas primeiras 24 horas e é considerado como uma marca da doença é o rash cutâneo e o prurido, ou seja, manchas vermelhas na pele que provocam intensa coceira. O quadro de febre causado pelo vírus Zika costuma ser mais baixo e as dores nas articulações mais leves. A doença ainda traz como sintomas a hiperemia conjuntival (irritação que deixa os olhos vermelhos, mas sem secreção e sem coceira), dores musculares, dor de cabeça e dor nas costas.


Não existem ainda vacinas com eficácia comprovada para nenhuma destas viroses. Também não há tratamento específico para as infecções causadas pelos vírus transmitidos pelo Aedes aegypti., mas cada diagnóstico tem um tipo de recomendação clínica diferente.  A orientação é que na presença de qualquer sintoma, o paciente procure atendimento médico. Além disso, deve fazer repouso e ingerir bastante líquido durante os dias de manifestação dos sintomas. Alguns medicamentos como ácido acetilsalicílico e outros anti-inflamatórios podem aumentar complicações hemorrágicas, principalmente em caso de dengue. Por isso, ao apresentar os sintomas a pessoa não deve se automedicar.

 

Fontes de informação:

Pastoral da Criança

Agência Brasil

Ministério da Saúde – blog da saúde