No Brasil, a doença é um sério problema da saúde pública, com profundas raízes sociais. A cada ano, são notificados aproximadamente 70 mil casos novos e ocorrem cerca de 4,5 mil mortes em decorrência da tuberculose. Globalmente, cerca de 10 milhões de pessoas adoecem por tuberculose, levando mais de um milhão de pessoas a óbito, anualmente. O surgimento da aids e o aparecimento de focos de tuberculose resistentes aos medicamentos agravam ainda mais esse cenário. O principal reservatório da tuberculose é o ser humano.

Sintomas

O principal sintoma da tuberculose é a tosse na forma seca ou produtiva (com escarro). Por isso, recomenda-se que toda pessoa com tosse por três semanas ou mais seja investigada. Há outros sinais e sintomas que podem estar presentes, como febre vespertina, sudorese noturna, emagrecimento e cansaço/fadiga. A forma extrapulmonar ocorre mais comumente em pessoas que vivem com o HIV/aids, especialmente entre aquelas com comprometimento do sistema imunológico, como o alcoolismo crônico.

Diagnóstico

Para o diagnóstico da tuberculose são utilizados os seguintes exames: baciloscopia (exame de escarro), teste rápido molecular para tuberculose e cultura para micobactéria, além da investigação complementar por exames de imagem (raio x).

Transmissão

A tuberculose é uma doença de transmissão aérea. Ao falar, espirrar e, principalmente, ao tossir, as pessoas com tuberculose ativa lançam no ar partículas em forma de aerossóis que contêm bacilos.

Calcula-se que, durante um ano, numa comunidade, um indivíduo que tenha baciloscopia positiva pode infectar, em média, de 10 a 15 pessoas. Bacilos que se depositam em roupas, lençóis, copos e outros objetos dificilmente se dispersam em aerossóis e, por isso, não desempenham papel importante na transmissão da doença. Embora o risco de adoecimento seja maior nos primeiros dois anos, uma vez infectada, a pessoa pode adoecer em qualquer momento de sua vida.

A transmissão da tuberculose ocorre enquanto o paciente estiver eliminando a bactéria. Com o início do esquema terapêutico adequado, a transmissão tende a diminuir gradativamente e, em geral, após 15 dias de tratamento chega a níveis insignificantes. No entanto, o ideal é que as medidas de controle de infecção sejam implantadas até que haja a negativação da baciloscopia.

Prevenção

A principal maneira de prevenir a tuberculose em crianças é com a vacina BCG (BacillusCalmette-Guérin), ofertada gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).  Outra maneira de prevenir a doença é identificar a “infecção latente de tuberculose”, que acontece quando uma pessoa convive com alguém que tem tuberculose. Neste caso, é necessário procurar uma unidade de saúde. Pessoas que possuem o bacilo recebem tratamento para prevenir o adoecimento.

Tratamento

A tuberculose tem cura e o tratamento, que dura no mínimo seis meses, é gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

No tratamento, é preciso obedecer aos princípios básicos da terapia medicamentosa. A esses princípios, soma-se o Tratamento Diretamente Observado (TDO) da tuberculose, que consiste na ingestão diária dos medicamentos da tuberculose pelo paciente, sob a observação de um profissional da equipe de saúde. Logo nas primeiras semanas de tratamento, o paciente se sente melhor e, por isso, precisa ser orientado pelo profissional de saúde a realizar o tratamento até o final, independente da melhora dos sintomas. É importante lembrar que o tratamento irregular pode complicar a doença e resultar no desenvolvimento de bactérias resistentes aos medicamentos. A principal falha terapêutica é o abandono do tratamento.

Fonte: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/tuberculose