Para o enfrentamento da doença, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a vacina gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde, principalmente para as pessoas que moram ou  irão para áreas de risco.

A maior frequência da Febre Amarela ocorre entre os meses de dezembro e maio, período com maior índice de chuvas, quando aumenta a proliferação do vetor, o que coincide ainda com maior atividade agrícola.

Geralmente, quem contrai este vírus não chega a apresentar sintomas ou os mesmos são muito fracos. As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. A maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente contra a febre amarela. 

Em área rural ou silvestre, a infecção acontece quando uma pessoa que nunca tenha contraído a febre amarela, ou tomado a vacina contra a doença, circula em áreas florestais e é picada por um mosquito infectado, o Haemagogus e o Sabethes. Ao contrair a doença, a pessoa pode se tornar fonte de infecção para o Aedes aegypti – o mesmo da Dengue, Zika e Chikungunya – no meio urbano. No entanto, desde 1942, a febre amarela urbana não é registrada no país.

 

ESQUEMA VACINAL

A vacina é recomendada a todas as pessoas, principalmente aquelas que moram ou irão para áreas com indícios de febre amarela. Deve ser administrada pelo menos 10 dias antes do deslocamento para áreas de risco. As pessoas que não estiverem com doses em dia, precisam atualizar o cartão de vacina.

Em abril de 2016, foi adotada a dose única da vacina contra Febre Amarela no SUS em Minas Gerais. Isso significa que apenas uma dose é capaz de imunizar por toda a vida, não havendo mais a necessidade de reforço. A medida foi proposta pelo Ministério da Saúde, que recomenda a dose única seguindo orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

O atual esquema vacinal contra febre amarela é composto por uma dose a partir de 9 meses de idade. Para pessoas com 60 anos ou mais, que nunca foram vacinadas, ou sem o comprovante de vacinação, um médico deverá avaliar o benefício desta imunização, levando em conta o risco da doença e o risco de eventos adversos nesta faixa-etária ou decorrente de comorbidades.

Contraindicações:

  • Crianças com menos de 6 meses de idade;
  • Indivíduos com histórico de reação anafilática a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina e outros produtos que contêm proteína animal bovina);
  • Pacientes com histórico de doenças do timo (miastenia grave, timona, casos de ausência de timo ou remoção cirúrgica), também devem buscar orientação de um profissional de saúde
  • Pacientes com imunossupressão de qualquer natureza:
  • Pacientes infectados pelo HIV com imunossupressão grave;
  • Pacientes em tratamento com drogas imunossupressoras (corticosteroides, quimioterapia, radioterapia, imunomoduladores);
  • Pacientes submetidos a transplante de órgãos;
  • Pacientes com imunodeficiência primária;
  • Pacientes com neoplasias.

Obs.: Gestantes deverão ser avaliadas de acordo com o risco de contrair a doença, dependendo da área em que moram ou para a qual irão viajar.

Já o tratamento da febre amarela visa atenuar os sintomas da doença, com cuidadosa assistência ao paciente que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso, com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicado. Nas formas graves, o paciente deve ser atendido em Unidade de Terapia Intensiva, com vista a reduzir as complicações e o risco de óbito.

 

Fonte: http://saude.mg.gov.br/febreamarela