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Vacinas – A informação imuniza contra o medo

18/06/2024

Depois de anos de campanhas e programas de imunização bem-sucedidos, as vacinas são hoje, no Brasil e no mundo, um assunto polêmico que compromete a saúde pública.

Com o movimento antivacinas, fortalecido no período da pandemia de covid-19, muitas pessoas passaram a relacionar os imunizantes não à proteção, mas ao desenvolvimento de doenças. O principal motivo é a desinformação.

Isso é percebido no dia a dia pela enfermeira do programa Integração Saúde, da Copass, Nicácia dos Santos e Silva. Ela acredita que o medo causado pela desinformação tem feito com que muitas pessoas ignorem ou duvidem dos diversos estudos que antecedem a disponibilização das vacinas à população, ou dos órgãos competentes que estão por trás da liberação dos imunizantes, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Uma consequência importante é o risco de doenças consideradas erradicadas retornarem devido à baixa cobertura vacinal. Mas onde está a fonte da descrença e do medo?

FAKE NEWS E DESCONHECIMENTO

Um estudo da Sociedade Brasileira de Imunização (SBIM), publicado em 2019, concluiu que sete em cada dez brasileiros acreditavam em informações falsas sobre vacinas. É comum que as pessoas acreditem mais nas mídias sociais, onde circulam grande parte das fake news sobre as vacinas, do que nos profissionais e instituições de saúde que podem oferecer informações confiáveis. Além disso, ainda não há na população geral o hábito de checar a veracidade das notícias.

Assim, as fake news vão se disseminando e as pessoas vão deixando de se vacinar por falta de conhecimento adequado.

COMO COMBATER A DESINFORMAÇÃO

É fundamental ampliar a disseminação de informações confiáveis sobre as vacinas. Segundo a enfermeira Nicácia, é comum que os pacientes tenham resistência aos imunizantes porque estão carentes de dados verdadeiros, de fontes reconhecidas.

“Cabe às instituições e profissionais de saúde insistir no esclarecimento quanto às fake news. Por outro lado, as pessoas que têm dúvidas devem buscar fontes confiáveis como o Ministério da Saúde, SBIM e Sociedade Brasileira de Pediatria, por exemplo. Temos enfrentado muitos desafios, mas não podemos duvidar que vacinas salvam vidas e são um ato de amor a nós mesmos e ao próximo”, conclui Nicácia.

OS RISCOS DE NÃO VACINAR

As vacinas podem provocar pequenas reações quando aplicadas, mas não há risco de desenvolver doenças a partir dos imunizantes. Além disso, cada uma tem a sua destinação, público e perfil específicos, definidos por estudos que garantem sua eficácia e segurança. Dessa forma, o risco de não tomar as vacinas e poder contrair doenças preveníveis, sofrer suas complicações e disseminá-las é sempre muito maior.

PROTEÇÃO PARA OS MAIS VULNERÁVEIS

Nas crianças, o sistema imunológico está em fase de desenvolvimento, o que faz com que qualquer doença ofereça maior risco. Tomar todas as doses das vacinas disponíveis é a melhor forma de fortalecer a imunidade.

Para idosos e imunossuprimidos, que têm o sistema imunológico mais enfraquecido, os anticorpos produzidos pelas vacinas são essenciais para evitar quadros graves das doenças. Ao se vacinarem, aquelas pessoas que já estão fragilizadas por outras condições de saúde podem evitar que seu organismo seja debilitado por doenças oportunistas.

Familiares e pessoas ao redor também precisam ser imunizados para proteger os mais frágeis do contato com as doenças. “A imunidade coletiva é uma questão de responsabilidade e cidadania de cada um, para o benefício de todos”, ressalta a enfermeira Nicácia.

VACINAÇÃO EM DIA

Os esquemas vacinais precisam ser completos e aplicados nos períodos indicados para que a imunização tenha o melhor efeito possível.  Existem grupos de vacinas específicos para cada faixa etária. Para aproveitar todos os benefícios, é importante que a população se mantenha informada sobre os calendários vacinais. O site da SBIM, por exemplo, disponibiliza um calendário atualizado e detalhado sobre imunizantes para todas as idades, oferecidos na rede pública e privada.

Além de manter a vacinação em dia, a enfermeira Nicácia alerta para o cuidado com o cartão de vacina, que é um documento essencial e deve acompanhar a pessoa, se possível, com os registros vacinais desde o nascimento.

COBERTURA DA COPASS PARA VACINAS

Para além das vacinas oferecidas à população pelo Programa Nacional de Imunização (PNI), a Copass oferece aos seus beneficiários uma cobertura adicional para os seguintes imunizantes:

VACINACOBERTURA
Gripe trivalente/quadrivalenteEntre 6 e 59 anos (faixa etária não ofertada pelo SUS).
Haemophilus – ACTHIB(pneumonia e meningite na infância e infecções em adultos imunossuprimidos) Imunossuprimidos (necessário pedido médico com justificativa).A partir de 15 meses de idade (dose de reforço. As 3 primeiras doses são ofertadas pelo SUS, sendo a primeira com a pentavalente e as demais com a DTP)
Hepatite AA partir de 1 ano e 9 meses (dose de reforço. A primeira dose é ofertada pelo SUS).
Hepatite A+B adulto (HABA)Cobertura a partir de 19 anos (faixa etária não ofertada pelo SUS).
Herpes zosterA partir de 60 anos (necessário pedido médico).
HPV (Papiloma Virus Humano)(câncer genital) A partir dos 14 anos para o sexo masculino e a partir dos 15 anos para o sexo feminino. (necessário pedido médico).
Pneumococica 13- valente(conjugada)(pneumonia e meningite) Imunossuprimidos (necessário pedido médico com justificativa).A partir de 60 anos (necessário pedido médico).Dose de reforço para crianças de 1 a 6 anos já vacinadas com a pneumo 10 (oferecida pelo SUS) 
Pneumo 23 (PNEUMO)(pneumonia) Imunossuprimidos (necessário pedido médico com justificativa) e idosos (com pedido médico).
Meningocócica conjugada ACWY quadrivalente(meningite) Qualquer idade, exceto 11 e 12 anos (faixa etária ofertada pelo SUS).
O pedido médico é dispensado para as demais doses, quando necessárias, desde que sejam aplicadas pelo mesmo credenciado.

A cobertura da vacina contra herpes zoster inclui os imunizantes Zostavax (vírus HZ atenuado) e Shingrix (recombinante) a partir dos 60 anos. Veja a disponibilidade e orientações:

VACINA HERPES ZOSTER – ZOSTAVAX:
. Disponível em toda a rede credenciada para vacinação.

VACINA HERPES ZOSTER – SHINGRIX:
. Belo Horizonte – Centro de imunização do Hospital Felício Rocho – (31) 3514-7000 (31) 9215-0114. (Beneficiários que não possuem cobertura têm condição especial para pagamento direto ao Hospital Felício Rocho com parcelamento em até 10 x sem juros no cartão de crédito.)

Curvelo: Laboratório de Análises Clínicas Martins & Neves – (38) 99949-6323 (telefone/WhatsApp)

. Conselheiro Lafaiete: Humana Análises Clínicas – (31) 3721-4141

. Divinópolis – Prevent Clínica Especializada de Vacinação – (37) 3221-0070

. Demais localidades: na modalidade de reembolso, com apresentação de: solicitação médica, formulário de solicitação de reembolso e nota fiscal emitida por estabelecimento de saúde

.Observação: novos credenciados podem ser contratados. Antes de efetuar pagamento particular, consulte a Copass Saúde – (31) 3298-5800

. Coparticipação:25% sobre o valor da vacina para beneficiários do plano Copass Completo Ativos, Assistidos e Dependente Familiar.30% sobre o valor da vacina para beneficiários do plano Copass Ambulatorial.

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