De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o tabagismo é reconhecido como uma doença crônica causada pela dependência à nicotina presente nos produtos à base de tabaco. Ele também é considerado a maior causa evitável isolada de adoecimento e mortes precoces em todo o mundo. A Organização Mundial da Saúde aponta que o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas por ano. Mais de 7 milhões dessas mortes resultam do uso direto desse produto, enquanto cerca de 1,2 milhão é o resultado de não-fumantes expostos ao fumo passivo.

A beneficiária Andrea Martins Rocha, 62 anos, que trabalha na Ouvidoria da Copasa, conseguiu se livrar do cigarro após 40 anos de tabagismo. Sem fumar desde 2013, ela ainda se preocupa com possíveis sequelas à sua saúde. “Faço controle e não tenho nenhum problema relacionado ao cigarro, mas estou sempre atenta e me cuidando.”

Andrea decidiu parar de fumar quando a irmã teve um câncer, que tinha como um dos principais fatores de risco o tabagismo. “Isso me assustou. E eu já estava querendo parar, o cheiro do cigarro já me incomodava.” Ela procurou o PASA - Programa de Prevenção e Atendimento ao Sujeito em Relação ao Álcool e às Drogas, que desde 1989 atende aos funcionários da Copasa com ações para tratamento da dependência química. Um mês depois de entrar para o grupo, Andrea conseguiu parar de fumar.

“Eu estava determinada a parar.  O meu tratamento foi bem-sucedido pela minha vontade. Não adianta forçar uma pessoa a parar um vício porque a vontade é interna”, ressalta Andrea. Mesmo com todo seu desejo de parar, ela conta que o apoio do PASA foi essencial. Ela tomou medicamentos, foi orientada por profissionais, passou por consultas médicas e exames. Hoje, Andrea é conselheira do programa e só está afastada dos encontros por causa da pandemia. “Eu fui exemplo para muitas outras pessoas e lá tem histórias lindas”, comenta. Ela foi a primeira conselheira mulher no PASA e observa que, apesar de haver muitas mulheres fumantes, a adesão feminina ao programa ainda é tímida.

A dependência química do tabaco é igual à relacionada a qualquer outra droga. A diferença, reflete Andrea, é que o tabagismo parece menos grave que outros vícios. Mas o sofrimento para se livrar dele é o mesmo.  Por isso é muito grata à Copasa e ao PASA, pelo acolhimento  e pelo incentivo que recebeu, especialmente da coordenadora do programa na época.

A beneficiária diz que reconhece hoje a importância de se cuidar. Eu não tinha fôlego para andar um quarteirão. Se estivesse fumando, jamais teria o pique que tenho hoje. Sou muito mais ativa, faço atividade física e me cuido”, comenta. Para a sua filha, Fernanda, 24 anos, os benefícios foram além. “Foi muito difícil no início, mas a saúde dela deu um “boom” sem o cigarro. Tudo melhorou. Parar de fumar foi a melhor decisão que minha mãe tomou na vida.” (foto ao lado: Andrea e sua filha)

O tema do Dia Nacional de Combate ao Fumo de 2021 (29 de agosto) -“A melhor escolha é não fumar” - reforça o apoio a histórias de vida como a da beneficiária Andrea. O objetivo da data é ampliar as ações nacionais de conscientização sobre os danos sociais, de saúde, econômicos e ambientais causados pelo tabaco.

Para saber mais sobre o PASA - Programa de Prevenção e Atendimento ao Sujeito em Relação ao Álcool e às Drogas, entre em contato pelo e-mail:  moema.maria@copasa.com.br ou pelo telefone (31) 3250 1116.

 

Fonte:

 Instituto Nacional do Câncer - Inca