A dependência de álcool (alcoolismo) é uma doença crônica e multifatorial, ou seja, diversos fatores contribuem para o seu desenvolvimento. Qualquer um pode se tornar dependente químico quando há predisposição biológica, condição psicológica vulnerável e influências do seu meio social.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), não existe um limite considerado seguro para consumo de álcool. Quando a bebida começa a interferir nas relações sociais e familiares, no desempenho escolar ou profissional e até na situação econômica, significa que o uso já ultrapassou os limites.

De acordo com a OMS, o chamado uso nocivo do álcool indica o aumento dos riscos de desenvolver problemas de saúde se o indivíduo bebe mais de duas doses por dia e não deixa de beber ao menos dois dias na semana. Alguns adultos, mesmo com uso moderado, são mais vulneráveis aos problemas decorrentes do consumo de álcool ao longo da vida. Já a dependência é caracterizada por fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que se desenvolvem após repetido consumo de álcool, tipicamente associado ao desejo poderoso de tomar a droga, à dificuldade de controlar o uso, à utilização persistente - apesar das suas consequências nefastas, a uma maior prioridade dada ao uso do álcool em detrimento de outras atividades e obrigações, a um aumento da tolerância pela droga e, por vezes, a um estado de abstinência física (fonte: CID10).  

Quando utilizado por tempo prolongado, o álcool tem ação tóxica sobre diversos órgãos. O uso constante provoca danos ao sistema nervoso, podendo causar demência, bem como diminuição da sensibilidade e da força muscular nas pernas. Outras possíveis consequências são: gastrites e úlceras no estômago; no fígado, pode desencadear hepatites, acúmulo de gordura e cirrose; no pâncreas, gera pancreatite; e no sistema circulatório, aumenta o risco de miocardites, pressão alta, acidentes vasculares cerebrais e aterosclerose (acúmulo de placas de gordura nos vasos sanguíneos). O álcool também tem relação com o desenvolvimento de câncer no trato intestinal, na bexiga, próstata e outros órgãos. Além disso, ficam prejudicadas as relações sociais e as condições de permanência no trabalho.

Uma pessoa dependente química tem dificuldades de enxergar com clareza os prejuízos aos quais está exposta e costuma acreditar que pode parar sozinha. Entretanto, a falta da substância no organismo causa ansiedade, irritação, depressão, entre outros sintomas da abstinência que dificultam a cessação do uso sem ajuda profissional.  Por isso, a assistência médica e psicológica são necessárias para conduzir a recuperação de uma pessoa dependente de forma tranquila e segura.

Desde 1989, a COPASA aborda o tema da dependência química, por meio de seu Programa de Prevenção e Atendimento ao Sujeito em Relação ao Álcool e às Drogas (PASA), com ações de prevenção e de tratamento. Com este trabalho, que é hoje referência no cenário nacional, a empresa contribui significativamente para a redução do consumo de álcool, tabaco e outras drogas. Recuperado há 21 anos pelo PASA, o conselheiro do programa, João Rosa da Cruz (auxiliar operacional da DVBP/Sistema Serra Azul - foto ao lado), acredita estar vivo hoje graças ao PASA. “Eu estava no fundo do poço, tomava álcool com café. Com o PASA e o apoio da minha gerência eu e minha família fomos resgatados. Hoje não perco uma reunião do programa, estou sóbrio e pronto para ajudar outros colegas que precisam”.  

Para saber mais sobre o PASA, entre em contato pelo e-mail: claudia.oliveira@copasa.com.br ou pasa@copasa.com.br ou pelo telefone (31) 3250 1512.

 

Veja também os materiais informativos desenvolvidos pelo PASA:

Guia Informativo

Cartilha: As drogas e seus efeitos

Cartilha: PASA

 

Referências:

CISA – Centro de informações sobre saúde e álcool

Hospital Israelita Albert Einstein