No dia 27 de julho é celebrado o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho. A data propõe uma reflexão sobre como os ambientes e processos laborais podem determinar tanto a saúde quanto os acidentes e o adoecimento dos trabalhadores.

CADA UM TEM QUE FAZER A SUA PARTE

A utilização dos equipamentos de proteção, treinamentos e informação adequada são fundamentais, mas não garantem sozinhas a proteção do indivíduo. A atenção para os riscos no dia a dia é o principal cuidado e algumas dicas podem fazer a diferença em qualquer área de atuação:

  • Manter-se atento para que o trabalho seja feito com plena consciência e sem pressa;
  • Evitar ao máximo as distrações no ambiente de trabalho, como aparelhos eletrônicos, fones de ouvido e conversas paralelas;
  • Não se expor a riscos desnecessários, pois acidentes podem acontecem por imprudência;
  • Manter o local de trabalho limpo e organizado;
  • Usar de forma correta os equipamentos de proteção;
  • Sempre comunicar incidentes para que seja providenciada solução rápida;
  • Evitar realizar atividade para a qual não foi devidamente treinado;
  • Analisar os riscos e questionar-se se está preparado para realizar a tarefa;
  • Verificar as condições de risco do ambiente onde será realizada a tarefa;
  • Verificar o que é possível fazer, além da utilização do EPI, para reduzir os riscos;
  • Conferir se os riscos mais prováveis foram neutralizados. Caso não esteja tudo neutralizado, comunicar essa situação é primordial;
  • Pedir, sempre que houver dúvidas, instruções ou auxílio direto a alguém que tenha mais conhecimento do procedimento;
  • Conferir se as ferramentas corretas para realizar a tarefa estão sendo utilizadas.
  • Verificar se a tarefa a ser executada coloca em risco outras pessoas ao seu redor ou se alguém próximo pode interferir na execução. Se necessário, é preciso sinalizar o local.

Fonte: Ambitec.com

Acidente de trabalho é aquele que ocorre durante o serviço ou no trajeto entre a residência e o local de trabalho, provocando lesão corporal ou perturbação funcional, acarretando a perda ou redução da capacidade para o trabalho e, em último caso, a morte. As doenças ocupacionais também se enquadram nessa categoria.

Segundo Elder Júnio  Fonseca, técnico em Segurança do Trabalho e gerente substituto da Unidade de Serviço de Saúde e Segurança do Trabalho da Copasa (USSS), o acidente de trabalho na empresa geralmente ocorre na linha operacional e se deve a fatores como o risco próprio da atividade, não uso ou uso inadequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), entre outros.

As práticas adotadas junto aos empregados vêm colhendo bons frutos, segundo Elder, que ressalta um grande impulso nas ações graças ao apoio da diretoria. “A visão voltada para o bem-estar das pessoas fez com que a diretoria abraçasse a causa, o que tem nos ajudado a reduzir significativamente os números de acidentes de trabalho”. Para este mês, Elder afirma que a diretoria da Copasa prepara o lançamento de um programa específico sobre segurança do trabalho, que tem por objetivo “acabar com os acidentes na empresa.”

Entre as ações citadas por Elder, o investimento de mais de 3 milhões de reais em equipamentos de segurança para atender à legislação trouxe grandes melhorias.  A elaboração de treinamentos junto a empresas parceiras, como o SENAI; desenvolvimento de workshops por videoconferência para as lideranças das unidades; o uso de veículos com velocidade controlada; o envio periódico de cards (comunicados) aos empregados com dicas de segurança; e a intensificação do número de inspeções de segurança do trabalho são iniciativas que vêm garantindo os bons resultados.

Outra questão apontada por Elder são as ferramentas de estatística hoje utilizadas, que permitem o gerenciamento por cada área, possibilitando uma atuação específica em regiões que apresentam números mais expressivos.  “Atualmente, possuímos controle total dos dados de acidentes de trabalho em todas as unidades”, afirma.

De acordo com Elder, a ênfase da segurança do trabalho hoje é a conscientização do empregado quanto aos riscos, através de uma nova forma de abordagem: o diálogo. “As nossas equipes estão muito mais conscientes agora do que no passado. O funcionário tem se inteirado bem mais sobre o assunto e começou a sentir que ele é o foco. É ele quem a gente quer proteger.”