A Organização Mundial da Saúde (OMS) define autocuidado como a capacidade individual de promover e manter a saúde e de prevenir e lidar com doenças com ou sem o apoio de um profissional de saúde. Ou seja, é a prática do indivíduo cuidar-se a partir dos conhecimentos e informações de que dispõe, de forma independente, responsável e bem orientada.

 O autocuidado é um processo de autoconhecimento e tomada de decisão em que o indivíduo tem autonomia sobre as escolhas feitas em relação à sua saúde, cuidando-se de maneira eficiente e baseado em informações comprovadas cientificamente. O autocuidado não pode ser apoiado em informações disponibilizadas por fontes duvidosas, pelas redes sociais ou por conhecidos. É importante que o conhecimento venha de fontes confiáveis, como os médicos da rede credenciada. 

As dificuldades impostas pela pandemia de covid-19 tornaram ainda mais evidente a importância de incorporar o autocuidado à rotina das pessoas para garantir, em tempos críticos e de restrições, a saúde física e emocional do indivíduo. Envolve princípios básicos como:

  • Manter a alimentação balanceada;
  • Praticar atividade física sempre que possível, obedecendo, neste momento, aos critérios para uso de máscara, higienização das mãos e o distanciamento social recomendado;
  • Evitar o consumo exagerado de bebidas alcoólicas e procurar ajuda para a cessação do tabagismo;
  • Verificar se o sono está adequado, se o peso está dentro do limite da normalidade e o surgimento de qualquer novo sinal ou sintoma;
  • Evitar ao máximo o uso de medicamentos não indicados pelo seu médico para eventuais doenças crônicas.

Empoderamento

O investimento no autocuidado gera empoderamento na medida em que permite à pessoa adquirir conhecimento sobre si mesma e tudo que a cerca, desenvolvendo habilidades para exercer mudanças no ambiente onde vive e na sua própria conduta. Pacientes mais informados, envolvidos e empoderados assumem efetivamente a responsabilidade pelas decisões relativas à sua saúde e interagem de forma mais eficaz com os profissionais de saúde que os assistem.

O autocuidado é centrado na pessoa, no diálogo e na construção do consenso em relação ao seu bem-estar. As orientações do médico assistente devem ser compartilhadas e discutidas com o paciente. Assim, a noção de obediência ao tratamento prescrito é substituída pela aceitação e adesão ao tratamento, algo fundamental, especialmente nas doenças crônicas, como hipertensão e diabetes. Para essas e outras doenças,  a prevenção com a adesão ao tratamento e autocuidado podem fazer a diferença entre uma complicação grave e irreversível ou uma vida saudável em longo prazo.

O autocuidado responsável capacita a pessoa a tomar conta da sua saúde, melhorando sua qualidade de vida, prevenindo condições evitáveis e garantindo melhor recuperação e controle das doenças. Esse empoderamento do paciente o torna protagonista, participando ativamente do seu próprio cuidado.

A Copass Saúde disponibiliza informações científicas sobre várias questões relacionadas ao autocuidado. Em caso de dúvida, consulte o portal do seu plano de saúde.

 

Fontes:

Organização Mundial da Saúde

Ministério da Saúde – Biblioteca Virtual em Saúde – “Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica”