É preciso entender que um dos principais indicadores considerados para a flexibilização não é o abrandamento da contaminação pela doença e, sim, a disponibilidade de leitos hospitalares para atendimento aos casos graves em cada localidade. É fato que o número de mortes por covid-19 vem caindo, principalmente, devido à experiência adquirida pelos profissionais de saúde para o tratamento da doença de forma mais eficiente. Mas o novo coronavírus ainda contamina e mata um número muito grande de pessoas não apenas no Brasil como em outros lugares, principalmente na Europa e nos Estados Unidos.

Assim, especialistas alertam que não é tempo de relaxar e recomendam o reforço dos cuidados preventivos, principalmente para aqueles que têm contato ou fazem parte do grupo de risco. Confira algumas orientações citadas por professores da Faculdade de Medicina de Minas Gerais:

  • A primeira medida de precaução é que mesmo diante da flexibilização, só se deve sair de casa quando for necessário. A indisponibilidade de vacinas ou medicamentos comprovadamente eficazes são razões suficientes para evitar exposição ao risco de infecção neste momento;

 

  • Se for necessário sair, o uso adequado da máscara é imprescindível em qualquer lugar e situação. Lembrando que seu uso deve ser associado ao afastamento físico. Em locais fechados, como elevadores, esse risco pode ser maior. Por isso é preciso estar sempre de máscara;

 

  • O ideal é usar a máscara também para atividades físicas, mesmo que ao ar livre. Se for possível, é melhor optar por locais mais vazios e exercícios menos intensos, para que a máscara não atrapalhe a respiração;

 

  • Não se pode perder o medo da infecção por estar com a família ou amigos. Se estamos circulando e temos convívio com outras pessoas, o risco existe. Encontros eventuais devem ser de curta duração, em ambientes ventilados, com o menor número possível de pessoas para garantir o distanciamento. Todos devem usar máscaras e evitar o contato físico. Pessoas com sintomas de covid-19 devem permanecer isoladas;

 

  • Quem usa o transporte público tem que ficar atento, pois aglomerações podem acontecer já na formação das filas de espera dos ônibus. Se for possível, o ideal é manter o distanciamento e usar máscara durante todo o tempo. Ao descer, é indispensável higienizar as mãos com álcool gel ou lavá-las assim que possível; 

 

  • Ao retornar para casa é preferível que a roupa usada seja colocada para lavar ou pelo menos fique exposta em um lugar ventilado e ao sol. Também é recomendado não entrar com os sapatos em casa.

Enfim, para enfrentar o “novo normal”, é preciso bom senso e atenção constante. Quanto mais arejado, ventilado e iluminado for o ambiente a ser frequentado, menos riscos.  Independente da atividade, as atitudes para evitar a contaminação não podem ser flexibilizadas completamente.

Fonte:

Faculdade de Medicina de Minas Gerais