A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença crônica que ataca os vasos sanguíneos, coração, cérebro, olhos e pode causar a paralisação dos rins. Ela ocorre quando a medida da pressão se mantém frequentemente acima de 140 por 90 mmHg (14 por 9), fazendo com que o coração exerça um esforço maior que o normal para distribuir o sangue corretamente pelo corpo.  A doença é uma das principais causas de acidente vascular cerebral, infarto, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca.

FATORES DE RISCO

De acordo com o Dr. Ricardo Cypreste, diretor médico da Clínica DOC, parceira da Copass Saúde para a Atenção Primária à Saúde (APS) e Telemedicina, os fatores de risco mais importantes para a hipertensão são a obesidade e sedentarismo. O histórico familiar é outro fator de risco, para os casos em que a hipertensão dos parentes não está ligada ao sedentarismo, obesidade ou idade avançada e, sim, a uma questão genética. Doenças renais, diabetes, depressão, ansiedade e alimentação não balanceada, com excesso de sal e frituras, também são fatores relevantes. Além disso, o colesterol alto é um dos precursores da hipertensão.

 

 

 

DÁ PARA SE ORIENTAR PELOS SINTOMAS?

A hipertensão arterial, em muitos casos, é assintomática. Por isso, não dá para esperar que sintomas apareçam, mas também não se deve ignorá-los. Alguns sinais, como dor de cabeça e dor na nuca frequentes, são preditivos e podem estar relacionados ao problema. Outros sintomas como tonturas, dor no peito, zumbido no ouvido, visão embaçada ou duplicada e sangramento nasal podem ocorrer, porém são comuns em diversas condições de saúde, como problemas cardiovasculares ou mesmo a hipotensão arterial (pressão baixa). Assim, o médico pondera que “esses sinais não representam indícios determinantes e não podem ser avaliados isoladamente, mas devem ser considerados como um bom motivo para avaliar como anda a pressão arterial.”

O IDEAL É PREVENIR

Manter o peso adequado, alimentação saudável e com baixo consumo de sal, atividade física regular e a visita anual ao médico de confiança são a receita para evitar ou auxiliar no controle da hipertensão. Através de uma anamnese bem-feita e um bom exame clínico, o médico tem condições de avaliar se a pessoa está com a pressão alta, com ou sem sintomas, afirma o Dr. Ricardo.

Ele alerta que não é indicado exagerar no cuidado e ficar medindo a pressão com frequência ou ter um aparelho aferidor em casa, exceto por orientação médica. “Essa atitude pode ser até prejudicial e gerar uma ansiedade desnecessária.” O médico explica que a pressão arterial flutua durante o decorrer do dia, alterando-se de acordo com a atividade ou situação que a pessoa esteja vivendo. Dessa forma, a medição frequente pode gerar um falso diagnóstico.

O CUIDADO É PARA TODOS

A hipertensão é uma condição de saúde comum na idade avançada. Segundo o Dr. Ricardo Cypreste, estima-se que 50% das pessoas com mais de 64 anos de idade são hipertensas. Observa-se ainda que o problema é mais frequente nos homens e até duas vezes mais prevalente em pessoas de raça negra.

No entanto, o médico salienta, por sua experiência clínica, que o estilo de vida é o fator mais relevante para o desenvolvimento da hipertensão. Sedentarismo, alimentação inadequada e obesidade afetam pessoas de todas as idades e podem levar à hipertensão em qualquer fase da vida. Por isso, o segredo é manter um estilo de vida saudável e acompanhamento médico desde cedo.

Fonte:

Ministério da Saúde