Dados do Ministério da Saúde informam que as doenças cardiovasculares, com destaque para as cardiopatias são a comorbidade mais associada com a mortes em decorrência da COVID-19. E estes dados provocaram um outro fator de alerta: em razão da doença provocada pelo novo coronavírus, as pessoas estão deixando de ir ao hospital com medo de se contaminar, mas continuam incorrendo no risco de infarto do miocárdio e derrame cerebral.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), meio bilhão de pessoas no mundo e 14 milhões no Brasil são acometidas por doenças cardiovasculares. Essas doenças são responsáveis por mais de 30% das mortes no país. São mais de 380 mil óbitos todos os anos no Brasil, cerca de mil mortes por dia.

Já os números relativos a este ano apresentam uma situação diferente “O excesso de mortes em 2020 decorre sobretudo de causas relacionadas à Covid-19 e até há diminuição nas notificações de mortes por infarto e derrame cerebral no Brasil da ordem de 12%. No entanto, as notificações de óbito por doenças cardíacas por causa indeterminada no domicílio aumentaram 50%”, ressalta o presidente da SBC, Marcelo Queiroga. Esses números expressivos trazem um alerta porque refletem a falta de prevenção, tratamento adequado e acompanhamento médico, fatores que poderiam evitar e reverter essa grave realidade.

Diante disso, cardiologistas chamam a atenção para a necessidade de manter os cuidados contínuos com as doenças cardiovasculares durante a pandemia. A covid-19 é mais um motivo para os portadores dessas enfermidades não negligenciarem a rotina de seus tratamentos.

A SBC orienta que pacientes com cardiopatias façam uso regular de seus medicamentos e procurem o médico se tiverem sintomas de doença cardíaca, como dor no peito e palpitações. A orientação para ficar em casa não deve se sobrepor à necessidade de busca por atendimento rápido em casos de urgência e emergência. O contato com o médico assistente para a manutenção e acompanhamento do tratamento também precisa ser mantido. “Se o atendimento presencial não acontece, deve-se buscar a telemedicina”, sugere o presidente da SBC.

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A cessação do tabagismo, redução do sal na dieta, consumo de frutas e vegetais, atividades físicas regulares e evitar o uso excessivo de álcool são medidas eficazes para reduzir o risco de doenças cardiovasculares. Com ou sem pandemia, a maioria das mortes por cardiopatias pode ser evitada com medidas simples de prevenção e atenção ao tratamento. Os agravos cardiovasculares podem ser reduzidos se forem controlados os principais fatores de risco como hipertensão, colesterol elevado, diabetes, sedentarismo, obesidade e tabagismo, além do uso correto e regular dos medicamentos prescritos por seu médico.

 

Fontes:

Agência Câmara de Notícias

Sociedade Brasileira de Cardiologia