Em 2016, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo. Atualmente, o país enfrenta dois surtos de sarampo, em Roraima e Amazonas. Além disso, alguns casos isolados e relacionados à importação foram identificados em São Paulo, Rio Grande do Sul, Rondônia e Rio de Janeiro.
O sarampo afeta, igualmente, ambos os sexos e pode ser contraído por pessoas de qualquer idade. A transmissão ocorre de forma direta, por meio de secreções expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Por isso, o elevado poder de contágio. A doença pode ser transmitida de quatro a seis dias antes e até quatro dias após o aparecimento do exantema (manchas ou erupções vermelhas no corpo). O período de maior transmissibilidade ocorre dois dias antes e dois dias após o início do exantema.
Principais sintomas:
- Febre alta, acima de 38,5°C;
- Dor de cabeça;
- Manchas vermelhas, que surgem primeiro no rosto e atrás das orelhas, e, em seguida, se espalham pelo corpo;
- Tosse;
- Coriza;
- Conjuntivite;
- Manchas brancas, conhecidas como sinal de koplik, que aparecem na mucosa bucal de 1 a 2 dias antes do aparecimento das manchas vermelhas.
Prevenção:
A vacinação é a única maneira de prevenir o sarampo. A vacina é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) durante todo o ano, em todos os postos de saúde.
Esquema vacinal contra o sarampo: | |
De 12 meses a menores de 5 anos | 1ª dose aos 12 meses - tríplice viral 2ª dose aos 15 meses - tetra viral (tríplice viral + varicela) |
De 5 a 29 anos de idade (pessoas que não se vacinaram anteriormente) | 2 doses de tríplice viral com intervalo mínimo de 30 dias |
De 30 a 49 anos de idade (pessoas sem vacinação comprovada) | 1 dose de tríplice viral |
Quem comprovar a vacinação contra o sarampo conforme preconizado para sua faixa etária, não precisa receber a vacina novamente.
Não devem receber a vacina:
- Casos suspeitos de sarampo;
- Gestantes;
- Menores de 6 meses de idade;
- Imunocomprometidos
Tratamento:
Não existe tratamento específico para o sarampo. É recomendável a administração da vitamina A em crianças acometidas pela doença, a fim de reduzir a ocorrência de casos graves e fatais. O tratamento profilático com antibiótico é contraindicado. Para os casos sem complicação, manter a hidratação, o suporte nutricional e diminuir a hipertermia.
Referências: