A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa para 2020 é de 65.840 novos casos de câncer de próstata no Brasil. A detecção precoce é uma estratégia importante para encontrar o tumor em fase inicial e, assim, possibilitar melhor chance de tratamento.

Quando identificado precocemente, o câncer de próstata tem índice de cura de até 90%. Mas a falta de informação, preconceito e vergonha são alguns dos motivos que fazem com que muitos homens deixem de realizar procedimentos simples, rápidos e fundamentais para identificar a doença em estágio inicial.

A experiência do beneficiário Sérgio Elias Mourão, 76 anos, comprova que uma atitude preventiva pode garantir mais tranquilidade para superar qualquer problema de saúde. Sérgio trabalha há 33 anos na Copasa, na área de Transporte e Patrimônio em Divinópolis, e sempre encarou com naturalidade e responsabilidade a realização dos exames periódicos preventivos.

Há 14 anos, alterações em seu exame de PSA (exame de sangue que avalia a quantidade do antígeno prostático específico) indicaram a necessidade de uma investigação mais aprofundada, cujo diagnóstico o levou à cirurgia para retirada da próstata. “O médico me perguntou se eu queria cura ou tratamento do câncer de próstata. Eu não tive dúvidas de que queria cura. Então segui todas as orientações”, conta Sérgio. Ele ressalta que não chegou a se sentir doente e que foi tudo tão tranquilo que nem se lembra que teve o problema. Mesmo assim, hoje ele continua a fazer todos os exames periódicos solicitados pelo médico.  

Sérgio não teve outros casos de câncer de próstata na família e acredita que desenvolveu o problema pela idade.  Mais do que qualquer outro tipo, este é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. E tanto a incidência quanto a mortalidade aumentam significativamente após os 50 anos.

Além disso, ter pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos aumenta os riscos, podendo refletir tanto fatores hereditários quanto hábitos alimentares ou estilo de vida de risco de algumas famílias. O excesso de gordura corporal também aumenta o risco de câncer de próstata avançado.

Em sua fase inicial, a doença tem evolução silenciosa. Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite).

Alguns tumores na próstata podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte. A maioria, porém, cresce de forma muito lenta, não chegando a dar sinais durante a vida e nem a ameaçar a saúde do homem. Por isso, o acompanhamento médico é fundamental para definir a necessidade e o tipo de tratamento.

O beneficiário Sérgio resume o cuidado necessário com a saúde através de um conselho aos homens. “É muito simples: se a pessoa não quiser sofrer com um câncer, tem que procurar um médico regularmente e seguir as orientações”, conclui.

Pelo lado da prevenção, já está comprovado que um estilo de vida saudável pode evitar o aparecimento do câncer tanto em homens quanto em mulheres. Uma dieta balanceada ajuda a diminuir o risco de tumores em geral e de algumas doenças crônicas não-transmissíveis. Nesse sentido, também são recomendados outros hábitos como fazer, no mínimo, 30 minutos diários de atividade física, manter o peso adequado à altura, diminuir o consumo de álcool e não fumar.

 

Fontes:

INCA – Instituto Nacional de Câncer

Hospital Israelita Albert Einstein