A campanha nacional Setembro Amarelo, coordenada desde 2014 pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), tem como objetivos conscientizar, desmistificar e prevenir o suicídio. O tema escolhido para o ano de 2020, “É preciso agir!”, ressalta a ideia de que não basta apenas falar, é necessário implementar ações  para diminuir o número suicídios em todo país.

É comum em situações de crise, especialmente se a pessoa é portadora de um transtorno mental, que surjam pensamentos de morte e mesmo sua concretização através do suicídio. No entanto, felizmente, a maioria das pessoas que pensa em suicídio encontra formas de lidar com os problemas e superá-los. Para isso, é essencial identificar o problema e buscar as diversas alternativas capazes de enfrentá-lo. Entretanto, mesmo com estas opções, o número de pessoas que não conseguem encontrar saídas à ideação suicida aumenta a cada ano.

De acordo com a ABP, estudos apontam que quase a totalidade dos óbitos por suicídio, cerca de 96,8%, estão associados a um transtorno psiquiátrico que não foi tratado adequadamente ou sequer identificado e acompanhado. Nesta lista, a depressão é a primeira causa, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias químicas.

Esse cenário preocupante serve de alerta para que a saúde mental seja colocada em foco e tratada com a atenção e a relevância que merece. A disseminação da informação tem papel importante para o enfrentamento do problema, principalmente quando se trata de suicídio, cujo estigma sempre foi uma grande barreira à prevenção.

Toda pessoa tem alguns fatores protetivos e alguns fatores de risco para o suicídio. O conhecimento e atenção a estes fatores e aos sinais de alerta podem ser determinantes para evitar que ele ocorra.  Entre as condições que aumentam o risco de suicídio, destacam-se:

  • Doenças mentais;
  • Abuso sexual na infância;
  • Alta recente de internação psiquiátrica;
  • Doenças incapacitantes;
  • Impulsividade e agressividade;
  • Isolamento social;
  • Casos de suicídio na família;
  • Tentativa prévia de suicídio.

Entre os diversos materiais desenvolvidos pela ABP para a campanha Setembro Amarelo, o folheto “Fatores de Risco e Sinais de Alerta” apresenta informações detalhadas e fundamentais para a identificação de pessoas mais vulneráveis. Clique aqui para acessar o folheto.

Não basta apenas identificar os riscos. Para a prevenção ao suicídio, várias medidas podem ser tomadas para aumentar os fatores de proteção, como:

  • Aumentar o contato com familiares e amigos;
  • Buscar e seguir tratamento adequado para doença mental;
  • Iniciar atividades prazerosas ou que tenham significado para a pessoa, como trabalho voluntário e/ou “hobbies”;
  • Tratar e evitar o uso de álcool e outras drogas que ocasionam dependência química.

Há muito o que se fazer para evitar o suicídio. O Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio, 10 de setembro, é a data símbolo da campanha Setembro Amarelo. Um momento de reflexão para que todos se conscientizem sobre a importância de abrir os olhos para essa dura realidade - que pode atingir qualquer pessoa com as consequências desastrosas conhecidas – e comecem a agir para evitá-la!

Fonte:

Setembroamarelo.com