O câncer de intestino, também conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal, é o segundo tipo de tumor mais comum entre homens e mulheres no Brasil, de acordo com dados de 2020 do Instituto Nacional do Câncer (INCA). O número geral de casos pode atingir até 6% da população global, um índice considerado muito alto, principalmente, para uma doença que pode ser evitada.  

Segundo o coloproctologista Bernardo Hanan, credenciado da Copass Saúde, a boa notícia é que os casos de câncer de intestino entre a população acima de 50 anos vêm diminuindo, graças às medidas preventivas e diagnóstico precoce. A idade é um fator de risco importante. Contudo, estudos têm observado que há um avanço da doença entre a população abaixo dessa faixa etária.

De acordo com o médico, a colonoscopia é o exame capaz de identificar a doença ou uma predisposição para o seu desenvolvimento. Para pessoas com história familiar de câncer de intestino (pais, irmãos, tios, avós), é indicado fazer o exame a partir dos 40 anos, afirma o Dr. Bernardo. Converse com o seu médico."

A colonoscopia é um exame seguro, feito com anestesia e por profissionais capacitados, que vê o intestino grosso por dentro, examinando toda a mucosa da região à procura de pólipos. Os pólipos são lesões benignas que podem ser precursoras do câncer de intestino. Durante a colonoscopia, a maioria dos pólipos identificados são retirados (polipectomia). Esse é um grande diferencial da prevenção contra a doença, afirma o médico, pois o exame não só avalia o grau de predisposição do paciente como trata os focos que poderiam gerá-la.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a colonoscopia deve ser realizada a cada cinco anos ou a critério do médico, conforme os resultados apresentados. Segundo o coloproctologista, a evolução do pólipo até se tornar câncer de intestino é lenta, podendo levar de 10 a 15 anos. E a maioria dos casos é assintomática até que se torne mais grave. Os sintomas mais comuns são alterações  do hábito intestinal (intestino preso ou diarreia), dor abdominal e sangramento nas fezes.

Apesar da predisposição genética ser um importante fator de risco, a resposta para o aumento do câncer de intestino entre os mais jovens pode estar no estilo de vida de grande parte dessa população. Maus hábitos comportamentais e alimentares como baixa ingestão de fibras, alto consumo de gorduras saturadas, sedentarismo, obesidade e tabagismo têm um peso importante para o desenvolvimento da doença.

De acordo com o médico, as taxas de cura do câncer de intestino são altas, principalmente com o diagnóstico precoce. O tratamento tem evoluído bastante, com técnicas menos invasivas, estudos genéticos e medicamentos modernos. Os casos mais complexos podem ser tratados através de cirurgias, além de quimioterapia complementar nos estágios mais avançados.

Para o Dr. Bernardo, a divulgação de informações gerada pela campanha Setembro Verde é essencial para orientar as pessoas sobre a prevenção da doença. Segundo ele, a população está acostumada a se prevenir quanto ao câncer de mama e de próstata, por exemplo, devido ao alcance das campanhas anuais.  O ideal é que as medidas preventivas contra o câncer de intestino também façam parte da rotina de cuidados de saúde de forma adequada, para que haja uma redução consistente do número de casos.

 

SAIBA MAIS SOBRE O CÂNCER DE INTESTINO

 

Sinais e sintomas mais frequentemente:

  • Sangue nas fezes;
  • Alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados);
  • Dor ou desconforto abdominal;
  • Fraqueza e anemia;
  • Perda de peso sem causa aparente;
  • Alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas)
  • Massa (tumoração) abdominal.

Principais fatores de risco:

  • Ter idadeentre 50 e 75 anos;
  • Estar acima do peso;
  • Ter histórico familiar ou pessoal de câncer de intestino, ovário, mama ou útero;
  • Manter uma alimentação pobre em vegetais e alimentos fontes de fibras;
  • Consumir rotineiramente carnes processadas, como salsicha, mortadela, presunto, bacon, peito de peru, salame, etc.;
  • Fumar e/ou abusar de bebidas alcoólicas.

Bons hábitos para a prevenção:

  • Acompanhamento médico periódico;
  • Atividade física regular;
  • Alimentação saudável, rica em fibras, com redução de carne vermelha e gorduras saturadas;
  • Cessação do tabagismo.

 

DR. BERNARDO HANAN - CREDENCIADO DA COPASS SAÚDE

Coloproctologia

Telefone: (31) 3241-2587

Endereço: Rua Domingos Vieira, 319 - Sala 801 - Santa Efigênia - Belo Horizonte/MG