O câncer de mama é o tipo da doença mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do câncer de pele não melanoma, correspondendo a cerca de 25% dos casos novos a cada ano. No Brasil, esse percentual é de 29%, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Há vários tipos de câncer de mama. Por isso, a doença pode evoluir de diferentes formas. Alguns tipos têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem mais lentamente.
Não existe uma causa única para o câncer de mama, que é mais comum em mulheres (apenas 1% dos casos são diagnosticados em homens) e tem na idade um dos mais importantes fatores de risco para a doença. Cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos. O câncer de mama de caráter genético/hereditário corresponde a apenas 5% a 10% do total de casos da doença.
Diversos fatores estão relacionados ao câncer de mama:
Fatores ambientais e comportamentais: | Fatores da história reprodutiva e hormonal | Fatores genéticos e hereditários* |
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A presença de um ou mais desses fatores de risco não significa que a mulher terá necessariamente a doença.
DETECÇÃO PRECOCE
Em grande parte dos casos, o câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, aumentando consideravelmente as chances de tratamento e cura.
Os principais sinais e sintomas são:
- Caroço (nódulo) fixo, endurecido e, geralmente, indolor;
- Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;
- Alterações no bico do peito (mamilo);
- Pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço;
- Saída espontânea de líquido dos mamilos.
Ao identificarem alterações persistentes nas mamas, as mulheres devem procurar imediatamente um serviço para avaliação diagnóstica. Esses sinais e sintomas devem sempre ser investigados por um médico, pois tais alterações podem não ser câncer de mama.
Além de estarem atentas ao próprio corpo, também é recomendado que mulheres de 50 a 69 anos façam uma mamografia de rastreamento (quando não há sinais nem sintomas) a cada dois anos. Esse exame pode ajudar a identificar o câncer antes do surgimento dos sintomas. Mulheres com risco elevado para a doença devem conversar com o seu médico para decidir a conduta a ser adotada.
PREVENÇÃO
É possível prevenir boa parte dos casos da doença. A prevenção, de modo geral, baseia-se no controle dos fatores de risco e no estímulo aos fatores protetores, especificamente aqueles considerados modificáveis. Cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis como:
- Praticar atividade física;
- Alimentar-se de forma saudável;
- Manter o peso corporal adequado;
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
- Evitar uso de hormônios sintéticos, como anticoncepcionais e terapias de reposição hormonal;
- Amamentar.
É importante ressaltar que amamentar o máximo de tempo possível é um fator de proteção para o câncer, mas não ter amamentado não é fator de risco e, sim, a perda de um fator de proteção a mais.
Fonte: Instituto Nacional do Câncer - www.inca.gov.br