Promovida anualmente, a campanha Outubro Rosa tem objetivo de alertar e conscientizar as pessoas sobre o câncer de mama.  Atualmente, a campanha, criada no início da década de 1990, estende a mobilização para outros tipos de câncer que acometem as mulheres, como o de colo de útero e de ovário.

Para marcar a campanha, convidamos a beneficiária da Copass Saúde, Sandra Peixoto Alves, para falar um pouco sobre o enfrentamento do câncer de mama. 

Sandra, de 68 anos, é funcionária pública aposentada. Casada, tem um filho de 36 anos e uma neta de 4 anos, que moram no Pará. Um de seus grandes prazeres é cozinhar, o que faz diariamente. Sua atividade física preferida é o pilates, que pratica regularmente há muitos anos. Uma mulher alegre, forte e ativa, que sabe da importância de cuidar bem da saúde. Venceu o câncer de mama com coragem e muita fé no futuro.

Confira o seu depoimento:

A descoberta

"Sempre fiz os exames periódicos regularmente. Em 2015, apareceu uma alteração na mamografia, mas minha irmã estava tratando de câncer de mama e eu acompanhei o tratamento dela primeiro para depois investigar essa alteração.  Passaram-se seis meses. Quando tive o diagnóstico, a minha doença tinha avançado. Não foi fácil.

Parti para o tratamento o quanto antes. Quando soube que tinha que fazer mastectomia foi outro choro. Mas já coloquei a prótese durante a cirurgia, o que aliviou muito. Se eu tivesse tratado antes, não precisaria retirar toda a mama. Sei que foi o melhor a fazer para eu não correr riscos. É por isso que eu digo: não pode deixar para depois. Se tiver qualquer alteração, tem que investigar e resolver logo. É isso que facilita a cura."

O tratamento

"Passei por uma cirurgia em dezembro de 2015 e outra em janeiro de 2016. De fevereiro a agosto fiz quimioterapia e, depois, mais 30 sessões de radioterapia. Para controle do tratamento, passei a tomar medicação diariamente, com revisão periódica pelo médico.  O único efeito colateral que sinto é calor, mas é um efeito suave e estou ótima! Vida que segue!

A doença não é bacana, mas o meu tratamento foi muito bom. O médico se tornou uma referência para mim até hoje. Continuei sendo atendida pela equipe que me acompanhou. O plano de saúde também foi muito importante. Tudo que precisei eu tive, graças a Deus."

O dia a dia

"Não mudei a minha rotina durante o tratamento. Só parei de fazer o pilates no período das cirurgias. Felizmente, não sei o que é passar mal com o câncer de mama.

Cuidei melhor da alimentação, de acordo com as orientações do nutrólogo, e continuei atenta.  Já que eu tive a bênção de ficar boa, faço questão de cuidar muito bem da minha saúde.

No momento que peguei o laudo, meu mundo caiu. Minha cabeça ficou ruim e procurei logo a ajuda de um psicólogo. Fiz tratamento até 2020. Isso me ajudou demais, me “pôs pra cima”.

Consegui entender que cada um é cada um e, por isso, não se pode olhar como os outros encaram a doença. Isso me fez ficar ligada em mim. Quando eu via que estava indo bem, me sentia mais forte para continuar.

Na primeira sessão de quimioterapia eu assustei um pouco. Depois vi que não era nada demais e me acostumei. A cada sessão, eu queria mostrar que estava mais forte. Pensava: sou eu que vou mandar nessa doença e não o contrário. Eu punha na minha cabeça que ia ficar bem e realmente ficava. Com isso, servi de exemplo para outras pessoas que faziam o tratamento comigo. Não adianta lamentar. Já que o problema apareceu, tem que resolver."

A rede de apoio

"Meus familiares e amigos assustaram tanto que evitavam falar no assunto para eu não ficar constrangida. Eu via a preocupação deles e isso me ajudou a não me abater. Corri atrás de tudo que tinha que fazer. Tive muito apoio. Meu marido me acompanhou em todas as sessões, minha irmã estava sempre por perto, minha vizinha fazia comida para mim nos dias da quimioterapia. Tudo isso conforta a gente demais.

Faz muita diferença essa atenção porque você se sente mais seguro. A sensação no início é de que você vai morrer, mas o apoio moral dá muita força. As pessoas à minha volta se mostravam fortes e isso me fortaleceu também. Eu sabia que tinha com quem contar."

Principais tipo de câncer 

Alguns tipos de câncer acometem exclusivamente, ou com maior incidência, as mulheres. Saõ eles o câncer de mama, de ovário e colo de útero. Cuidados especiais no dia a dia e consultas periódicas ao médico são medidas preventivas para uma vida com saúde e de qualidade. 

Clique aqui e conheça um pouco mais sobre os três principais tipos de câncer.